44
No 1º ciclo de gestão por OKR verificou-se a ocorrência de situações em que os resultados
não foram alcançados porque dependiam de atividades a serem executadas por áreas que
não as responsáveis pelo OKR e, aparentemente, essa execução não foi priorizada,
denotando falta de integração entre as diversas áreas na busca de resultados institucionais.
Nos demais ciclos não foram observadas situações dessa natureza, seja pelo entendimento
da necessidade de trabalho multissetorial ou pela proposição de OKRs que não envolveram
a participação de outros times.
Perfil dos Resultados-Chave
A abordagem de gestão por OKRs dialoga com a existência de foco na rápida obtenção de
resultados, ou seja, com realização de melhorias incidentes sobre serviços ou produtos
fornecidos pela organização ou por suas unidades de negócios, o que passa pelo
conhecimento e pela avaliação da performance atual, de suas possibilidades e carências.
É por isso que, quando um OKR é determinado, tem-se um objetivo motivador (O) e, via de
regra, resultados-chave (KRs) mensuráveis, cujo atingimento denota o alcance do objetivo.
A falta de resultados mensuráveis costuma se prender à ausência de indicadores sobre o
desempenho dos serviços ou produtos organizacionais ou setoriais e, nesse caso, o time
gestor pode optar por medir o progresso do OKR a partir de “entregáveis”, tais como um
curso ou mesmo um sistema. No caso, é importante não perder de vista que tanto o curso
como o sistema colocam-se na condição de meios para a obtenção de um resultado, o qual,
no caso do curso, poderia corresponder à diminuição de falhas de atendimento ao público
e, no caso do sistema, à diminuição de erros no armazenamento de informação e à
diminuição no tempo de trâmite de processos.
No 1º ciclo de gestão por OKRs vislumbrou-se um significativo número de resultados-chave
do tipo “entregável”, o que implica reconhecer que, ainda quando o KR seja alcançado, nem
sempre a organização obterá uma melhora da performance de seus serviços ou produtos.
Essa tendência se manteve para os 2º, 3º e 4º ciclos. No entanto, conforme dito
anteriormente, toda mudança organizacional passa por um processo de adaptação até se
tornar madura e consolidada, sendo relevante e salutar que os ciclos do próximo PGA
Administrativo tragam paulatina diminuição de KRs do tipo “entregável” e correspondente
incremento de KRs dos tipos “aumentar ou diminuir” algo que as áreas de negócio, ao
analisarem seus processos de trabalho, compreendam seja necessário otimizar.